quinta-feira, 22 de maio de 2014

BAILE DE FINALISTAS

Este é um ano de grandes mudanças – em grande parte forçadas… Mas as que verdadeiramente me interessam são aquelas relacionadas com os que amo.

Tenho um pequeno (talvez grande) segredo… tenho um filho e uma filha fantásticos! Tenho enteados fantásticos! Dia 17 de Maio foi um dia de Orgulho…

Baile de Finalistas!

Não tive oportunidade de acompanhar o João (enteado) nos momentos que procederam o evento – esses momentos foram usufruto da Mãe. Mas tive a honra de acompanhar todos os momentos que procederam o evento, com a Inês. A minha Inês!

Não damos conta do tempo passar… é que não damos mesmo! Fiquei presa à ideia de que os filhos são sempre os nossos pequenos príncipes e princesas, que não crescem, que se agarrariam eternamente ao meu pescoço, que se sentariam o resto da minha vida aninhados ao meu colo.

Ser Mãe é uma tremenda dádiva! Paro e penso… ao que é que se compara a maternidade? O que há de mais sublime no nosso imaginário?

Um céu de nuvens baunilha, onde nascem coelhos e monstrengos, países e naus, crocodilos e montanhas? Compara-se?

Um copo de limonada, gelada, com um travo a hortelã, no mais quente dia de Verão? Compara-se?

Um edredão suave e quente, quando, no Inverno, chegas a casa gelado(a) e dorido(a) e te enrolas nele em frente à lareira, sem qualquer outra luz, no silêncio? Compara-se?

A terra solta e húmida debaixo dos pés descalços? Compara-se?

Nada! Nada se compara!

Tinha receio de não ter sabido cumprir a minha missão… o que eu mais queria era mais tempo… mais um pedaço de tempo, para fazer algo mais… não sei o quê… apenas algo… Algo que fosse diferente… diferente como? Não sei… apenas mais de algo



Mas se esse algo mais viesse, se o tempo me desse mais de si, e se eu pudesse fazer mais algo, eu quereria algo mais… Ciclicamente, eternamente... mais e mais ninho...

Quando, no Sábado acompanhei a minha filha nas preparações – quando ela quis que eu a acompanhasse –, quando a vi sair do cabeleireiro, cabelo deslumbrante, quando a ajudei a vestir o vestido… quando a ajudei a colocar os acessórios… Olhei para ela e senti-me acordar. “Ah! Como eu sou perfeita! Porquê? Porque eu fiz esta Mulher, linda, aqui, hoje, à minha frente! Ah! Que maravilhosa é a criação!" Percebi que não precisava de mais tempo...


Deixei-a no baile, com uma sensação de “fecho”. Senti a minha alma, o meu espírito, o meu corpo, apaziguados. Abracei o João – o meu enteado – e fiquei durante mais alguns minutos, perdida no tempo e no espaço, com uma nostalgia manifesta em felicidade a tombar sobre mim… Orgulhosa dos dois! Tão feliz!


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